Polícia confirma que assassinato de pediatra em Barra foi encomendado por marido de mulher que teria sido assediada
Homens suspeitos de matar Júlio César de Queiroz Teixeira, 44 anos, contaram que receberam R$4 mil pelo crime, segundo a polícia.
Os homens suspeitos de matar o pediatra Júlio Cesar de Queiroz Teixeira disseram à polícia que receberam R$ 4 mil para cometer o assassinato. O crime, que ocorreu dentro do consultório do médico no dia 23 de setembro, no oeste da Bahia, teria sido encomendado por um homem que seria o companheiro de uma mulher que teria sido assediada pelo pediatra. “Conforme apurado nas investigações, o mandante do homicídio alegou que a vítima teria cometido um suposto assédio a sua esposa e por esse motivo determinou a morte do médico”, detalhou o coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, delegado Ernandes Reis Santos Júnior.
Busca pelo mandante do crime
Os policiais tentam encontrar o mandante do crime. Na segunda-feira (27), o suspeito de atirar contra o médico foi preso, no município de Barra. Ele foi identificado como Jefferson Ferreira. O cúmplice, que levou o atirador até a clínica, também já foi detido. O nome dele não foi divulgado. De acordo com a polícia, a motocicleta e o capacete utilizados no dia crime foram apreendidos com o suspeito. No dia do crime, o homem entrou na clínica usando o equipamento na cabeça.
Denuncia sobre abuso sexual
Até a manhã desta terça-feira (28), a polícia afirmava que apurava se o pediatra foi assassinado após alertar uma família sobre uma criança atendida por ele, que apresentou sinais de abuso sexual. O caso teria ocorrido no ano de 2016, em Buritirama, cidade que fica na mesma região. O delegado disse que foi informado sobre a situação pela família do pediatra.
O irmão dele, Lula Teixeira, também falou sobe o caso com o g1, na sexta-feira (24). A polícia vai investigar se a morte foi causada por vingança. Lula disse que a esposa do médico assassinado trabalhava como enfermeira e atuava com o marido nos atendimentos. Ela presenciou o crime, que ocorreu no momento em que Júlio César fazia o segundo atendimento do dia. Além da mulher, dois funcionários e uma criança, que estava acompanhada por responsável, presenciaram o assassinato. A polícia não informou se as testemunhas já prestaram depoimento. As informações são do G1.