Cultura de cacau e mamão começam a se recuperar no extremo sul
O Agronegócio que responde por metade das exportações do país, o que demonstra o grande poder sobre o saldo positivo da balança comercial brasileira. Nos últimos anos o país tem sido o maior exportador de café, açúcar, suco de laranja e soja. Representa 23% do PIB (Produto Interno Bruto), nos últimos 25 anos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a área plantada cresceu 53% e a produção 260%. Já a produtividade aumentou 135%. Os produtos de maior valor são o algodão em pluma, arroz, feijão, milho, complexo de soja (grão, farelo e óleo), café, açúcar, laranja, carnes, celulose e papel.
A presidente o Sindicato dos Produtores Rurais de Eunápolis, Eliane Menezes de Oliveira, destacou que 2019 foi um ano difícil em todas as cadeias produtivas. “A colheita do café caiu 16,5% em 2019, de acordo dados do IBGE e a maioria dos produtores procurou os bancos para renegociar as dívidas porque o valor da saca estava menor que o da produção. O ano foi difícil também para a cultura do cacau e do mamão, no Extremo Sul da Bahia, esse último lentamente está recuperando o valor de mercado. Em função da estiagem, a pimenta- do –reino, a pecuária de corte também sofreram na região”.
“A região é bem representada no setor do agronegócio e é diversificada. A região de Itabela, por exemplo, é marcada pelas plantações de banana e mamão, além de extensas áreas de café. Em Itamaraju predomina a cultura do mamão, maracujá, café, cacau, coco, limão e pecuária de corte e leiteira. As fazendas estão aparelhadas em todas as áreas. O gado é diferenciado com a criação de novilhos precoces”, diz Eliane.
Outro diferencial importante do setor agropecuário apontado por Eliane, é que ele (o setor), responde por 37% dos empregos no Brasil, e o mercado exige mão de obra qualificada. Mesmo assim, ela diz que “existe uma ausência de pessoas no campo, essa é uma das dificuldades na obtenção de mão de obra. Todos os trabalhadores precisam ter cursos na área que pretendem atuar”.
Apesar das dificuldades apon-tadas pelo setor em 2019, matéria publicada pelo Globo Rural destaca que “o agronegócio brasileiro terá um ano excepcional e raro em 2020, com altos preços da soja, milho e carne no mercado externo. A previsão foi apresentada na tarde de quarta-feira, dia 4, pelo economista e sócio-diretor da MBAgro Consultoria, Alexandre Mendonça de Barros, durante painel econômico do Agronegócio 2020. O evento foi realizado em Brasília e promovido pela Aprosoja Brasil e Corveta Agriscience”.